Trata-se de Indicador de Integração de cuidados que exprime a razão entre o número de internamentos hospitalares (internados com duração superior a 24h) evitáveis (relacionados com asma, DPOC, pneumonia, ICC, angina de peito, hipertensão ou diabetes, em doentes adultos), por cada 100.000 utentes com inscrição ativa com 18 ou mais anos.
Tem uma Ponderação no cálculo do IDE - 7.0
Os valores referem-se ao ano anterior, um atraso de 12 meses, pois dependem da codificação das codificações hospitalares de alta.
Com esta distância temporal, as intervenções poderão parecer impossíveis, contudo a identificação dos utentes que tiveram internamento poderão ainda ser alvo de ação.
Importante. Um utente pode ter uma codificação na nota de alta de DPOC e não ter esse diagnóstico em problemas ativos no SCLINICO da USF/UCSP. Assim, a identificação destes utentes é de especial importância para que passem a ter codificação adequada e acesso a um conjunto de ações integradas nos cuidados primários e hospitalares para que se evitem novos internamentos.
Na seleção do mês ter em atenção que os últimos dados vão referir-se a 1 ano passado.
Por ex. Em fevereiro de 2025 estão disponíveis os dados de Dezembro de 2024 dos restantes indicadores, mas relativamente ao indicador 365 estão disponíveis dados de Dezembro de 2023.
355 - Taxa de internamento por asma em adultos jovens (ajustada para uma população padrão)
356 - Taxa de internamento por asma ou DPOC em adultos (ajustada para uma população padrão)
357 - Taxa de internamento por diabetes não controlada sem menção a complicações agudas nem crónicas de diabetes (ajustada para uma população padrão)
358 - Taxa de internamento por complicações agudas da diabetes (ajustada para uma população padrão)
359 - Taxa de internamento por complicações crónicas da diabetes (ajustada para uma população padrão)
360 - Taxa de internamento para amputação de membro inferior em pessoas com diabetes (ajustada para uma população padrão)
361 - Taxa de internamento por hipertensão arterial (ajustada para uma população padrão)
362 - Taxa de internamento por insuficiência cardíaca congestiva (ajustada para uma população padrão)
363 - Taxa de internamento por pneumonia bacteriana em adultos (ajustada para uma população padrão)
364 - Taxa de internamento por angina de peito (ajustada para uma população padrão)
Distribuição nominal de utentes por 10 indicadores diferentes.
Nota: o mesmo utente pode ter mais do que um internamento num ano na mesma tipologia, tendo um peso cumulativo no indicador.
Doenças como DPOC e ICC podem provocar muitos reinternamentos e por isso têm um peso elevado no indicador composto 365.
Em relação aos indicadores "respiratórios" analisar:
1) Se já têm registo do diagnóstico em problemas ativos ICPC2 no SCLINICO - É fundamental para que nos CSP possam estar identificados e terem consultas regulares.
2) Avaliar
doentes asmáticos - situação em que ocorreu o internamento; medicação atual (ex. terapêutica tripla), adesão, controlo e risco futuro, necessidade de referenciação a consulta hospitalar;
doentes DPOC - situação em que ocorreu o internamento; medicação atual (ex. terapêutica tripla), adesão, controlo e risco futuro, necessidade de referenciação a consulta hospitalar;
Ter em atenção de que muitas agudizações ocorrem em contexto de infeções respiratórias - garantir vacinação completa adequada;
Ter em conta tabagismo e exposição a agressores;
Controlar as comorbilidades; (ex, controlo da obesidade, rinite alérgica e refluxo gastroesofágico na asma);
Doentes com pneumonia bacteriana - garantir toda a vacinação elegível e gestão das comorbilidade que aumentam o risco de pneumonia com gravidade.